O CARUÉ

CARUÉ? Que CARUÉ?

   O CARUÉ - Ciranda das Assessorias Revolucionárias Universitárias Emancipatórias é o coletivo de AJUPs do Maranhão, composta atualmente pelo NAJUP Negro Cosme/UFMA, PAJUP/UNDB e NEAJUP/CEUMA.
   O coletivo foi criado por volta de 2010, após os núcleos NAJUP e PAJUP trabalharem juntos na organização do V ENNAJUP. Graças ao encontro as AJUPs estreitaram os laços e resolveram trabalhar mais conjuntamente de modo a ampliar as possibilidades de atuação, e articular a criação de novos núcleos ajupianos no Maranhão, bem como fortalecer de modo geral os grupos envolvidos, promovendo o Direito como instrumento vivo para empoderamento das classes espoliadas.
   Visando fortalecer ainda mais este movimento, e fomentar a criação de novos núcleos ajupianos maranhenses, o CARUÉ se dispôs a construir, junto à RENAJU, o Encontro da Rede Nacional de Assessoria Jurídica Universitária - ERENAJU 2014, com espaços para refletirmos sobre a conjuntura da sociedade brasileira atual, bem como da organização da Rede Nacional e das opressões sofridas pelas minorias sociais.

   Assim, convidamos todxs para este espaço, para participar e construir conosco o ERENAJU2014!

Porque Cantamos

Se cada hora vem com sua morte
se o tempo é um covil de ladrões
os ares já não são tão bons ares
e a vida é nada mais que um alvo móvel

você perguntará por que cantamos

se nossos bravos ficam sem abraço
a pátria está morrendo de tristeza
e o coração do homem se fez cacos
antes mesmo de explodir a vergonha

você perguntará por que cantamos

se estamos longe como um horizonte
se lá ficaram as árvores e céu
se cada noite é sempre alguma ausência
e cada despertar um desencontro

você perguntará por que cantamos

cantamos porque o rio esta soando
e quando soa o rio / soa o rio
cantamos porque o cruel não tem nome
embora tenha nome seu destino

cantamos pela infância e porque tudo
e porque algum futuro e porque o povo
cantamos porque os sobreviventes
e nossos mortos querem que cantemos

cantamos porque o grito só não basta
e já não basta o pranto nem a raiva
cantamos porque cremos nessa gente
e porque venceremos a derrota

cantamos porque o sol nos reconhece
e porque o campo cheira a primavera
e porque nesse talo e lá no fruto
cada pergunta tem a sua resposta

cantamos porque chove sobre o sulco
e somos militantes desta vida
e porque não podemos nem queremos
deixar que a canção se torne cinzas.

Mário Benedetti

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